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Mesas Redondas

Mesas Redondas 5l114s

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A partir das apresentaes dos acmulos que cada Seo Local trouxe de suas assembleias, deliberou-se na 132 RGC que ocorreu em Belo Horizonte (Janeiro de 2018) que sero realizadas 16 Mesas Redondas, cada uma composta por 3 participantes, sendo um provocador/coordenador e dois expositores/palestrantes. Definiu-se que, preferencialmente, o provocador/coordenador seja agebeano e tenha envolvimento com as prticas da entidade. Quanto aos expositores convidados, definiu-se que os mesmos tenham proximidade acadmica e poltica com o tema da mesa e tambm com os posicionamentos que a AGB apresenta sobre as referidas temticas e que h preferncia para que o outro palestrante apresente proximidade com os movimentos sociais. A partir da aprovao desses princpios e critrios, foram definidos os ttulos e participantes de acordo com os eixos temticos do encontro:

Dia 01/07 (domingo)

s 16h30

Conferncia de Abertura Pensar e Fazer a Geografia brasileira no sculo XXI: escalas, conflitos socioespaciais e crise estrutural na nova geopoltica mundial

Arlete Moyses Rodrigues (UNICAMP)

Ementa geral do encontro

Dia 02/07 (segunda-feira)

s 14h00

Mesa 1 Currculo, poder e controle no trabalho docente

Maria Adailza Martins de Albuquerque (UFPB) provocadora/mediadora

Luciana Vieira (Rede Estadual - SC)

Denis Castilho (UFG)

Ementa: A funo histrica da educao enquanto estratgia de produo desubjetividades em favor da manuteno da ordem social do capital, determinadapelas necessidades da atual acumulao rentista e da produo de mercadorias, pelolucro, pela explorao alienante do trabalho e o contexto poltico que aprofunda aprecarizao do trabalho e a desqualificao da docncia como profisso; exigemque os professores tomem partido. O relatrio de monitoramento das Metas doPlano Nacional de educao (binio 2014-2016) informa que mais de 1.600.000(16,2 %) da populao brasileira na faixa etria de 15-17 anos est fora do ensinomdio. A Lei 13.415/2017 esvazia e confronta a formao do pensamento crtico aoretirar ou reduzir a contribuio das disciplinas de cincias humanas. O sentido deeducao bsica eliminado ao fragmentar o ensino mdio em diferentesitinerrios formativos, e ainda desobrigar os sistemas de ensino de ofereceremtodos os 5 itinerrios. A Lei est articulada com a BNCC, ponto de amarra docurrculo, dos indicadores de avaliao externa (IDEB, ENAMEB), da seleo parao ingresso no ensino superior (ENEM), da poltica de livros didticos, doscurrculos de formao de professores. O papel poltico da geografia na escola e asdisputas com diversos agentes, como o Escola sem Partido e a tentativa desilenciar professores por meio de leis punitivas e o Todos Pela Educao degrupos privados que assaltam a educao pblica reconfiguram as formas de luta eresistncias a esse processo, as ocupaes em escolas e universidades organizadaspor estudantes e professores de todo Brasil, buscam reafirmar as bandeiras polticasda AGB na defesa da educao pblica, gratuita e de qualidade, da profissodocente e da Geografia. necessrio lutar para educar e educar para lutar.

Mesa 2 Sobre racismos e antirracismo: espao e relaes raciais

Renato Emerson dos Santos (UERJ) provocador/mediador

Lorena Francisco de Souza (UEG)

Vinicius Gomes de Aguiar (UFT)

Fabiana Cristina da Luz (Ncleo de Estudantes e Pesquisadoras Negras da USP).

Ementa: A temtica racial, vista pelos aspectos de composio e/ou dos padres derelaes entre grupos, sempre foi objeto da Geografia. Sendo Raa um constructopara a dominao de povos e lugares, alm das relaes cotidianas, ashierarquizaes provocadas pelo racismo devem ser vistas tambm em suadinmica estrutural, como centrais na construo do sistema mundo modernocapitalista. Assim, o assassinato de jovens negros nas favelas e periferias; osataques aos grupos quilombolas e indgenas; as violncias aos espaos sagrados dasreligies de matriz afro, entre outros, so exemplos que reforam a necessidade deque, no combate a tais opresses, leituras espaciais das relaes raciais ocupemesforos da comunidade geogrfica. Essa perspectiva crtica, oposta s abordagensclssicas, vem emergindo atravs de formulaes que buscam desvelar a influnciado racismo: na construo, no uso e na forma de ler e viver o espao geogrfico.Assim, como a geografia atravs da leitura sobre as representaes, usos e aconstruo do espao, pode ajudar a complexificar as lutas tnicas e raciais? Comoa geografia que se ensina pode potencializar os atores contra hegemnicos?

Mesa 3 Mulheres na construo do pensamento geogrfico: representatividade e geografia

Alexandrina Luz Conceio (UFS) provocadora/mediadora

Mariana Araujo Lamego (UERJ)

Dirce Maria Antunes Suertegaray (UFRGS)

Ementa: O pensar geogrfico molda-se historicamente em uma formulao ereformulao do tempo-espao, auferindo significados no continuo processoterico e prtico. A histria do pensamento geogrfico envolve, igualmente, otemrio da luta ideolgica presente no contexto das dinmicas sociais e econmicase que, de modo contraditrio e conflitante, configuram do ponto de vista prtico umamplo contexto da luta de classes sobre a questo da unidade das atividadeshumanas, da apropriao e inter-relao complexa com a natureza e a produo degeografia ou de espaos de disputa. Refletir sistematicamente sobre os principaiscontextos histricos, institucionais, autores e conceitos da geografia, torna-secondio fundamental para a problematizao da produo geogrfica. O processode renovao do pensamento tem por objetivo avanar na relao teoria e prtica, eforar a descolonizao do pensamento geogrfico. Se o conhecimento e asideologias so formas de poder, dar visibilidade s geografias perifricas, negras,indgenas, feministas e assistmicas contribui para a renovao da cinciageogrfica e para alm dela, configurar prticas combativas do ponto de vistapoltico e social.

Mesa 4 Lutas e movimentos sociais e Geografia: reflexes, resistncias e novos desafios

Renata Ferreira da Silveira (UFRGS) provocadora/mediadora

Ariovaldo Umbelino de Oliveira (USP)

Ana Lcia Rodrigues do Nascimento (Comunidade Quilombola do Ipiranga)

Ementa: O objetivo possibilitar a reflexo e o debate, a partir de um olhargeogrfico das determinaes centrais para o entendimento da questo agrriabrasileira, que pera a propriedade privada da terra em um contexto de criseestrutural do capital e os conflitos e resistncias dela decorrentes como os povosindgenas, os quilombolas e camponeses. As resistncias desses povos na forma deocupaes e retomadas representam mecanismos de enfrentamento da apropriaoprivada da terra e de seus usos exclusivos como meio de produo de mercadorias.Indgenas, quilombolas, camponeses tratam a terra e o territrio ontologicamente,como formas espaciais e, portanto territoriais de reproduo da vida em seus modosespecficos, que eliminam as relaes de propriedade privada e individualizada. AGeografia enquanto cincia carente de anlise terica e de uma prtica que leve acompreenso dessa diversidade. Movimentos indgenas e quilombolas, conflitosterritoriais e luta de classes. Expanso do capital, apropriao territorial eresistncias. Estado, reformas, dinmica territorial, contexto e resistncia.

Mesa 5 O urbano no contexto dos debates sobre o direito cidade e o processo de neoliberalizao

Maria Jos Martinelli Silva Calixto (UFGD) provocadora/mediadora

Daniel Mello Sanfelici (UFF)

Ana Cristina da Silva (MLB - BH)

Ementa: As cidades so espaos privilegiados da reproduo do capital,comportando e condicionando uma srie de conflitos e antagonismos engendradospela relao capital-trabalho. Nesse cenrio de contradies, cabe Geografiadesvelar as engrenagens da (re)produo do espao urbano em curso (agentes,formas, processos e contedo). O aprofundamento da crise estrutural temreconfigurado a trama do tecido urbano e a relao campo-cidade. A luta e aapropriao da terra e dos espaos pblicos ganham novas feies. Novos evelhos atores (re)orientam suas aes polticas diante da ruptura institucional edemocrtica e da insegurana jurdico, poltico e social. Que urbano e que cidadesesto sendo conformados diante desse cenrio?

Mesa 6 A Regio Semirida e o reconhecimento da Caatinga como um bioma brasileiro: especificidades regionais, territorialidades e polticas pblicas

Valria Raquel Porto de Lima (UEPB) provocadora/mediadora

Jos Jonas Duarte da Costa (UFPB)

Jos Plcido da Silva Jnior (T - Nordeste)

Ementa: Transformaes territoriais no semirido: polticas pblicas e os desafiospara gesto dos recursos hdricos e conservao das Caatingas brasileiras, procuraresgatar uma abordagem, atualmente relegada a um segundo plano pela GeografiaBrasileira e de certa forma ausente nos ltimos eventos da AGB, que so os temasrelacionados Biogeografia. O eixo tambm procura abordar gua, comoelemento natural e os recursos hdricos como elemento scioeconmico importantena definio dos recortes territoriais, que caracteriza a Hidrogeografia. Essa notem a tradio ada da Biogeografia, sendo uma abordagem nova para alm dosclssicos estudos de bacias hidrogrficas. importante salientar que a trilogia:CAATINGA + SECA + SEMIRIDO, apesar de "poder ser" tomada comotipicamente ou mesmo unicamente como nordestinas, interessam a todo o Brasil,sobre isso basta refletirmos sobre a recente crise hdrica na Regio Metropolitanade So Paulo. Por fim, recordamos que o domnio das guas e da biodiversidadedos biomas, sempre foram elementos da Geografia Poltica, abordagem central notema proposto para o XIX ENG.

Dia 03/07 (tera-feira)

s 19h00

Mesa 7 Terra e alimento: territrio como reproduo da vida

Claudemir MartinsCosme (IFAL) provocador/mediador

Larissa Mies Bombardi (USP)

Ricardo Junior de Assis Fernandes Gonalves (UEG)

Ementa: A questo agrria permanece sendo central nas disputas tericas eideolgicas da sociedade brasileira. Assim, a discusso da necessidade da ReformaAgrria frente a lgica de desenvolvimento baseada em grandes projetos, tensionade maneira conflituosa os sujeitos envolvidos: Estado, empresrios do agronegcioe movimentos sociais. O avano do agronegcio, da minerao e dos grandesprojetos (barragens, rodovias, ferrovias e transposio) nas reas de territriosindgenas, quilombolas, assentamentos e pequenos agricultores tm impulsionadoas violncias no campo. Tais projetos tambm tm contribudo para atualizao deproblemticas como a estrangeirizao das terras no Brasil, a apropriao doterritrio pelo capital e a questo da titularizao das terras, as quais impem aintensificao da agenda de lutas e das diversas formas de resistncia.

Mesa 8 Espao e gnero: corpos de resistncia

Carmen Lcia Costa (UFG) provocadora/mediadora

Patricia Gabrielle Oliveira Rodrigues (CEFET-RJ)

Gleys Ially Ramos dos Santos (UFT)

Ementa: Nos ltimos anos, os debates relacionados a gnero vm sendo includosna produo geogrfica sob uma perspectiva critica as formas de opresso,questionando a naturalizao hierrquica dos valores que condicionam corpos ementes. Diante do contexto ps-golpe, onde uma srie de avanos ocorridos na lutacontra as opresses de gnero vem sendo, de forma direta, ameaadas. Ocrescimento do conservadorismo, o aumento do assassinato de LGBTs e dofeminicdio, a criminalizao do debate de gnero nas escolas, ataques a mulheresem transportes pblicos e em ambientes privados, a criminalizao do aborto e apropagao da cultura do estupro, so exemplos do retrocesso. Nesse sentido, comoa cincia geogrfica tem enfatizado alternativas para uma sociedade plural ediversa? Como a Geografia pode contribuir por uma produo do espao maisigualitrio? Como a Geografia escolar e a Geografia praticada nas Universidades seinserem, para a efetivao de uma sociedade livre do machismo, da misoginia e dahomo-lesbo-transfobia? E, ainda, como a cincia geogrfica tem apropriado eestruturado suas reflexes considerando o debate sobre gnero para alm de umatemtica, mas como elemento fundamental e estruturante da anlise espacial? Sovrios os desafios que se impem Geografia na contemporaneidade, e a partirdeles que este eixo se prope a dialogar com a comunidade geogrfica.

Mesa 9 Apropriao da natureza e geopoltica no Brasil e na Amrica Latina

Robson Sousa Moraes (UEG) provocador/mediador

Carlos Antonio Aguirre Rojas (UNAM - Cidade do Mxico)

Antonia Telma Pacheco de Oliveira (Lideranaindgena - Cear)

Ementa: Este eixo prope debates acerca das transformaes poltico-econmicasdo capitalismo no sculo XXI no contexto da crise estrutural, das novas estratgiasde acumulao e projetos hegemnicos na Amrica Latina e as transformaes nosblocos de poder. importante compreender a estrutura de poder do capital na atualgeopoltica mundial, as decises e o poder de comando de agentes e sujeitosconcretos, suas hierarquias, seus desdobramentos no territrio, as aes e ascadeias de reaes s decises tomadas por distintos agentes e sujeitos sociais emvariadas escalas espaciais. Propem-se discusses sobre o Brasil e a AmricaLatina na geopoltica mundial; os discursos sobre desenvolvimento e suascompreenses a respeito de Capital e Estado, bem como o lugar e o papel destes naconstruo do consenso neoliberal. Pretende-se aprofundar as reflexes acerca dacrise econmica e poltica no espao mundial e seus rebatimentos na AmricaLatina e em especfico no Brasil, sem esquecer considerar as coalizes de forasconservadoras, as vrias fraes de classe dominante, as oligarquias regionais egrupos com projetos conservadores de poder vinculados base parlamentarbrasileira. Este eixo tambm traz a provocao para debates acerca da guinada noprojeto de um Brasil como potncia regional com significativa atuao nos blocoseconmicos, os nacionalismos crescentes, a insurgncia de discursos e prticasextremistas, a questo dos migrantes e refugiados, bem como as resistncias, opoder global versus poder local, alm, claro, da reflexo sobre a construo de um Projeto para a Amrica Latina nas perspectivas latino-americanas.

Mesa 10 Cidade-mercadoria, cidade das corporaes? uma crtica gesto comomedida de poltica pblica

Doralice Styro Maia (UFPB)provocadora/mediadora

Carlos Bernardo Vainer (UFRJ)

Ana Paula Fracalanza (USP)

Ementa: As cidades so espaos privilegiados da reproduo do capital,comportando e condicionando uma srie de conflitos e antagonismos engendradospela relao capital-trabalho. Nesse cenrio de contradies, cabe Geografiadesvelar as engrenagens da (re)produo do espao urbano em curso (agentes,formas, processos e contedo). O aprofundamento da crise estrutural temreconfigurado a trama do tecido urbano e a relao campo-cidade. A luta e aapropriao da terra e dos espaos pblicos ganham novas feies. Novos evelhos atores (re)orientam suas aes polticas diante da ruptura institucional edemocrtica e da insegurana jurdico, poltico e social. Que urbano e que cidadesesto sendo conformados diante desse cenrio?

Mesa 11 Cartografia como instrumento de mediao: a representao de outras epistemologias

Antnio Jeovah Andrade Meireles (UFC) provocador/mediador

Sinthia Cristina Batista (UFRGS)

Catia Antonia da Silva (UERJ)

Ementa: A cartografia se constitui numa tcnica de representao dos fenmenosgeogrficos e simultaneamente, de forma indissocivel, se consolida comolinguagem e mecanismo de apropriao e expresso de um discurso acerca doconhecimento do e sobre o territrio. Pensar a cartografia nesta perspectiva requerdos gegrafos o domnio conceitual cartogrfico e dos elementos de mediaocapazes de fazer emergir, na produo dos mapas e cartogramas sociais, assimbologias de lutas e estratgias emancipatrias e tornar (re)conhecvel no s aslocalizaes de eventos estticos, mas tambm movimentos dinmicos, derivadosdo espao vivido das populaes. Dialogar sobre estas dimenses permite aogegrafo e s comunidades compreenderem as imbricaes entre cartografia egeovisualizao, suas linguagens e plataformas, e os processos polticos quedeterminam a representao social sobre o espao e sobre o territrio.

Dia 05/07 (quinta-feira)

s 19h00

Mesa 12 Estado, Capital e Poder: o Brasil e a Amrica Latina no contexto da nova geopoltica mundial

Jos Gilberto de Souza (UNESP)provocador/mediador

Luiz Jardim de Moraes Wanderley (UERJ)

Jos Henrique Artigas de Godoy (UFPB)

Ementa: Este eixo prope debates acerca das transformaes poltico-econmicasdo capitalismo no sculo XXI no contexto da crise estrutural, das novas estratgiasde acumulao e projetos hegemnicos na Amrica Latina e as transformaes nosblocos de poder. importante compreender a estrutura de poder do capital na atualgeopoltica mundial, as decises e o poder de comando de agentes e sujeitosconcretos, suas hierarquias, seus desdobramentos no territrio, as aes e ascadeias de reaes s decises tomadas por distintos agentes e sujeitos sociais emvariadas escalas espaciais. Propem-se discusses sobre o Brasil e a AmricaLatina na geopoltica mundial; os discursos sobre desenvolvimento e suascompreenses a respeito de Capital e Estado, bem como o lugar e o papel destes naconstruo do consenso neoliberal. Pretende-se aprofundar as reflexes acerca dacrise econmica e poltica no espao mundial e seus rebatimentos na AmricaLatina e em especifico no Brasil, sem esquecer considerar as coalizes de forasconservadoras, as vrias fraes de classe dominante, as oligarquias regionais egrupos com projetos conservadores de poder vinculados base parlamentarbrasileira. Este eixo tambm traz a provocao para debates acerca da guinada noprojeto de um Brasil como potncia regional com significativa atuao nos blocoseconmicos, os nacionalismos crescentes, a insurgncia de discursos e prticasextremistas, a questo dos migrantes e refugiados, bem como as resistncias, opoder global versus poder local, alm, claro, da reflexo sobre a construo deUm Projeto para a Amrica Latina nas perspectivas latino-americanas.

Mesa 13 BNCC como tragdia e o currculo como fraude: a ao do professor na construo do conhecimento geogrfico.

Lenidas de Santana Marques (UFAL) provocador/mediador

Eduardo Donizeti Girotto (USP)

ngela Massumi Katuta (UFPR)

Ementa: A funo histrica da educao enquanto estratgia de produo desubjetividades em favor da manuteno da ordem social do capital, determinadapelas necessidades da atual acumulao rentista e da produo de mercadorias, pelolucro, pela explorao alienante do trabalho e o contexto poltico que aprofunda aprecarizao do trabalho e a desqualificao da docncia como profisso; exigemque os professores tomem partido. O relatrio de monitoramento das Metas doPlano Nacional de educao (binio 2014-2016) informa que mais de 1.600.000(16,2 %) da populao brasileira na faixa etria de 15-17 anos est fora do ensinomdio. A Lei 13.415/2017 esvazia e confronta a formao do pensamento crtico aoretirar ou reduzir a contribuio das disciplinas de cincias humanas. O sentido deeducao bsica eliminado ao fragmentar o ensino mdio em diferentesitinerrios formativos, e ainda desobrigar os sistemas de ensino de ofereceremtodos os 5 itinerrios. A Lei est articulada com a BNCC, ponto de amarra docurrculo, dos indicadores de avaliao externa (IDEB, ENAMEB), da seleo parao ingresso no ensino superior (ENEM), da poltica de livros didticos, doscurrculos de formao de professores. O papel poltico da geografia na escola e asdisputas com diversos agentes, como o Escola sem Partido e a tentativa desilenciar professores por meio de leis punitivas e o Todos Pela Educao degrupos privados que assaltam a educao pblica reconfiguram as formas de luta eresistncias a esse processo, as ocupaes em escolas e universidades organizadaspor estudantes e professores de todo Brasil, buscam reafirmar as bandeiras polticasda AGB na defesa da educao pblica, gratuita e de qualidade, da profissodocente e da Geografia. necessrio lutar para educar e educar para lutar.

Mesa 14 Raa, Conflitos e Poder: Desigualdades na Produo do Espao Geogrfico

Ana Paula Archanjo Batarce (UFGD) provocadora/mediadora

Maria de Ftima Batista Barros (Articulao Nacional Quilombola)

Tuwile Jorge Kin Braga (Professor da Educao Bsica SP)

Ementa: A temtica racial, vista pelos aspectos de composio e/ou dos padres derelaes entre grupos, sempre foi objeto da Geografia. Sendo Raa um constructopara a dominao de povos e lugares, alm das relaes cotidianas, ashierarquizaes provocadas pelo racismo devem ser vistas tambm em suadinmica estrutural, como centrais na construo do sistema mundo modernocapitalista. Assim, o assassinato de jovens negros nas favelas e periferias; osataques aos grupos quilombolas e indgenas; as violncias aos espaos sagrados dasreligies de matriz afro, entre outros, so exemplos que reforam a necessidade deque, no combate a tais opresses, leituras espaciais das relaes raciais ocupemesforos da comunidade geogrfica. Essa perspectiva crtica, oposta s abordagensclssicas, vem emergindo atravs de formulaes que buscam desvelar a influnciado racismo: na construo, no uso e na forma de ler e viver o espao geogrfico.Assim, como a geografia atravs da leitura sobre as representaes, usos e aconstruo do espao, pode ajudar a complexificar as lutas tnicas e raciais? Comoa geografia que se ensina pode potencializar os atores contra hegemnicos?

Mesa 15 Povos indgenas na sociedade capitalista: lutas, conflitos e resistncias

Mrcia Yukari Mizusaki (UFGD) provocadora/mediadora

Fidncio Guarani Vera (Escola Municipal Reserva Indgena Piraju Paranhos MS)

Francisco Luciano Concheiro Brquez (UAM - Cidade do Mxico)

Ementa: O objetivo possibilitar a reflexo e o debate, a partir de um olhargeogrfico das determinaes centrais para o entendimento da questo agrriabrasileira, que pera a propriedade privada da terra em um contexto de criseestrutural do capital e os conflitos e resistncias dela decorrentes como os povosindgenas, os quilombolas e camponeses. As resistncias desses povos na forma deocupaes e retomadas representam mecanismos de enfrentamento da apropriaoprivada da terra e de seus usos exclusivos como meio de produo de mercadorias.Indgenas, quilombolas, camponeses tratam a terra e o territrio ontologicamente,como formas espaciais e, portanto territoriais de reproduo da vida em seus modosespecficos, que eliminam as relaes de propriedade privada e individualizada. AGeografia enquanto cincia carente de anlise terica e de uma prtica que leve acompreenso dessa diversidade. Movimentos indgenas e quilombolas, conflitosterritoriais e luta de classes. Expanso do capital, apropriao territorial eresistncias. Estado, reformas, dinmica territorial, contexto e resistncia.

Mesa 16 Sade pblica e condies de vida no territrio

Lucas Tavares Honorato (Doutorando em Geografia UFF) provocador/mediador

Raul Borges Guimares (UNESP)

Adeir Archanjo da Mota (UFGD)

Martha Priscila Bezerra Pereira (UFCG)

Ementa: A relao dos estudos geogrficos com os problemas da sadecontemporneos tem fortalecido o campo de conhecimento da Geografia da Sade.Se por um lado as abordagens tradicionais deste subcampo da disciplina sempreenfatizaram as influncias do meio natural para o entendimento da epidemiologiae da difuso de doenas na populao, atualmente se faz necessrio chamar aateno para as causas estruturais, econmicas e sociais, que esto na base dasprincipais enfermidades que assolam as populaes do mundo, principalmente asmais pobres. As abordagens territoriais da sade so mltiplas e de vitalimportncia na compreenso dos processos recentes de surgimento das doenas emseu contexto, dos limites polticos e econmicos da universalizao da ateno sade e, por que no dizer, dos meios de promover cuidados preventivos - paraalm da medicalizao, tecnificao e mercantilizao da medicina que fazprevalecer o consumo privado de servios e a destruio do Sistema nico deSade (SUS). As populaes nas reas urbanas e rurais padecem de problemas desade que derivam de situaes geogrficas de extrema carncia, de falta dealimentao saudvel, ausncia de habitao digna e condies locais desaneamento, e restrio de o a equipamentos e servios de sade. Do ponto devista mais terico, por um lado se enriquecem as discusses sobre o sistemapblico de sade, explorando suas debilidades frente a falta de uma perspectivaterritorial dinmica em sua operao institucional. De outro, os estudosepidemiolgicos am a contar com novas tecnologias de processamento deinformao geogrfica, permitindo observar novos fenmenos. Desta forma,evidencia-se o desafio de integrar vertentes de anlises da sade em uma visoampla e complexa do prprio espao geogrfico.

Dia 07/07 (sbado)

s 09h00

Conferncia de encerramento 78 + 40: a reafirmao da Geografia e a democracia brasileira

Jos Gilberto de Souza (UNESP) presidente da Associao dos Gegrafos Brasileiros

Luiz Cruz Lima (UEC)

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